1. |
2 1 3
02:43
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Eu não vou chorar
Teu mundo contra o meu
Não houve um acordo
Nunca fui mais eu
Uma hora ou um ano
Penso em entender
Uma alma ou um anjo
Vive em você
Quem disse que não tem
Já não está lá, deu
E quem discutir
Mando se foder, meu
Com mala e dor
Tom, nota e cor, som
(Só o tempo mostra a razão
Não há por quê)
Vem, sua a camisa
Até pingar, bem
(Fiquei feliz de existir
Entre vocês)
Num vai e vem azul
Sempre sou lá, nu
(O carinho apesar da insensatez)
Seja calor
A neve estará lá sempre
(Nosso ninho, nosso troço
2+1=3)
2,1,3
2,1,3
2,1,3
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2. |
Metrópole
03:08
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Antes tarde que nunca
É questão de ser justa
Quem escolhe ser dupla
Ainda há de ser cusca
Um chá de bodas
Um par de idosas
Pode ser um mar de rosas
Um cais de trovas
Á TV, fidelidade
Em torno ao rádio, a cidade
Escolhe ver sua verdade
Identidade nasce
Ai de quem duvida a sorte
Ai de quem não gostar, vaze
Eu que não vou brigar, solte
Eu que não vou gritar morte
A lua sai, eu corro o passo
Já que vem
O toldo grosso, o medo amargo
Cai em mim
O cano prata, rei dos ratos
As baratas fogem
Quem ouviu a cápsula cair
Foi o vira-lata a latir
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3. |
Sabe Quem Ligou?
03:30
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Sabe quem ligou?
O moço que disfarça
Me contou
Um monte de desgraça,
Um complô
Você não sabe nada,
Sabe amor?
Que bom que você dorme
Até o sol lhe usar de vestido
Não aconteceu
Minhas mãos
Nos seus ouvidos
E o meu abraço enrustido
Encontra o teu
Ouço só o pingo
E fecha o breu
Enquanto toda a dor
Me aquieta, o som
Lida um baque
E lá vem o furacão
Força em resistir,
Pensando em desistir
Força em resistir,
Pensando em desistir
Outra vez o canto para
O pássaro cai quieto e morre
A lama o engole
E eu penso em você
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4. |
Entrope
03:03
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Seu rosto é um pedaço do molde de alguém
Sua voz seu cabelo e seu passo
Seus pais lhe criaram na bossa do bem
A célula criou um esboço
Observa-se primeiramente que tem
Um padrão no ritmo farto
O pot-pourri trava-se dentro dos dentes, dentre um vazio escasso
O sentir se acha em meio ao ar
No caso determina empatia
A garganta imita tal como um lar
O músculo frágil da magia
Se falar é fácil se pode instalar
A farsa da palavra vazia
Um costume opaco da beira do mar
A civilidade na folia
Não consigo esquecer o ponto
Não consigo exercer meu voto
Não vou, digo, não tô no teu bloco
Não respiro, sigo no meu foco
Ó Terra livrei,
Livrai-me do livro da cruz com o espasmo?
Ou de pedras a reis,
A dama dá luz a um mero escravo?
Seria da lei,
Uma única fútil súplica ao estado?
Ao mar honrarei,
Sintetizando peso o do espaço
Á mente que livre
Sente como ouve
Que parece crente
Está novamente
Definitivamente
A um certo acervo finito
Até que o próximo
Dócil nó vil
O envolve num móvel
E esquece o fóssil
Num tenebre óbvio
Como se nunca o viu
Não consigo esquecer o ponto
Não consigo exercer meu voto
Não vou, digo, não tô no teu bloco
Não respiro, sigo no meu foco
Não consigo esquecer o ponto
Não consigo exercer meu voto
Não vou, digo, não tô no teu bloco
Não respiro, sigo no meu foco
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5. |
Ubiratan
05:25
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O saci enganou o barão
Vai longe, curumim com balão
Na mão
Corre, sem nenhum pudor
Sobe o morro com amor
Ó quati, um guará, kumbayão
Jabuti, sabiá, sabião, abá
Dorme no frio da noite
Lorde dos vimes e flores
Coze com cismo a gosto
Ode de todas as cores
Como um lindo lobo
A caçar lebres pelos bosques
A incerteza de que algo grandioso nos invoca
Faz um peso que bronca
Que invade, que solta, que varre
Todas pré-concepções
De um tal de livre arbitrio mortas
Falta apenas um parar
E observar o que há em volta,
Veja que não há tese
Que mostre que a vida é uma bosta
Toda água, terra, fogo, ar,
Fauna, mito, língua e flora
Em comunhão com a gratidão
Do coração de um agora
Traz um ímpio a chorar
O herege à tona, funciona
Oiça, eis o que há acima
Também haverá embaixo
Um destino entrelaçado
Dentre cobras e desastres
Faz um desejar, cobiçar
Desdenhar, desprezar a si
Mas eu sei que a esperança é soberana
A nossa parte faz o humano ser
Um plano universal em prol da arte
O que foi, será, foi, será, foi, será...
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FRUKIIIII Porto Alegre, Brazil
brasileiros
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